Descendente das etnias amazônidas Kokama e Sateré-Mawé, Thaís aprendeu a pintar com o cacique da aldeia Iambé, para onde se mudou com 18 anos. Ali, começou um trabalho de resgate cultural. Ela acredita que o grafismo é uma forma de diálogo entre os povos indígenas e os não-indígenas. A pintura e os traços tribais são uma prática milenar, com diferentes significados na cultura indígena e na vida cotidiana das aldeias, utilizados em rituais e como instrumento de cura. São também uma forma de comunicação entre indígenas de etnias diferentes, assim como uma forma de diálogo com a natureza e o sobrenatural. O grafismo tem sua própria língua.