Formada em economia pela PUC-SP, até os 25 anos Marcela se considerava uma negra embranquecida, que acreditava no discurso da meritocracia e ouvia dos pais que se estudasse conseguiria ter um bom emprego e ser feliz. Também criticava as políticas de ação afirmativa, como as cotas raciais, e dizia que eram uma demonstração de racismo. Ao chegar na Amazônia, em Porto Velho, tudo mudou. A partir daí, tornou-se militante pela causa das populações negras e povos tradicionais e seu olhar foi capturado pela negritude da Amazônia. Tornou-se fotógrafa e passou a preencher uma lacuna na representação da negritude na Amazônia.